domingo, 17 de dezembro de 2006

Mandalas

Mandala da Transmutação-Liilavati







Mandala significa circulo em sânscrito. A mandala é um desenho circular que representa um "pulsar", direccionando a observação do seu centro para o exterior num movimento de expansão energética e de fora para dentro num movimento de concentração energética. Quando fixamos o seu centro, entramos com mais facilidade em um "estado alterado de consciência" possibilitando a auto cura interior, e quando expandimos o olhar do centro para fora, manifestamos a expansão da energia assimilada. Estimula os chacras, mente e espírito e facilita a conexão com vibrações da consciência a que o intelecto não acede. Desperta o nosso poder interno de cura, amor e paz. É uma representação do universo e de todas as suas manifestações.
Khyil-khor é a palavra Tibetana para mandala e significa "centro do universo onde um ser totalmente iluminado habita". Os círculos sugerem totalidade, unidade, o útero e a eternidade.
Existe também uma tradição de círculos de cura no Ocidente. Um simbolismo poderoso pode ser observado nas pinturas nativas dos índios Americanos, nas rodas medicinais e escudos de guerra. As rodas medicinais representam o universo, mudança, vida, morte, nascimento e aprendizagem. O grande círculo é a hospedaria de nossos corpos, nossas mentes e nossos corações. Apesar de existir muitos paralelos com as mandalas Tibetanas, os nativos Americanos nunca usaram a palavra para descrever seus próprios círculos sagrados.
Na Europa, as mandalas Herméticas, apesar de desenhadas linearmente, podem ser também circulares. Simbolismos da Alquimia, Kabbalah, geometria e numerologia possuem um papel importante na criação e desenho destas.
A arquitectura das catedrais góticas nos mostram um outro caminho para a iluminação os vitrais rosáceos foram construídos nos tempos da praga e da guerra. Como mandalas, eles eram construídos para ser um símbolo de iluminação do espírito humano. Sentando-se no escuro e contemplando a luz que vaza através dos desenhos inspirados nos proporciona uma experiência poderosa e reveladora.
Para Jung as mandalas são vasos ou embarcações na qual nós projectamos nossa psique que retorna a nós como um caminho de restauração. Reconheceu que figuras arquetípicas (símbolos universais) de várias culturas podiam ser identificados nesta expressão espontânea do inconsciente.

Os círculos são universalmente associados à meditação, cura e ao sagrado. Podem ser utilizados como chaves para os mistérios do nosso reino interior, nos levar de encontro aos mistérios de nossa alma.


No meu entender, as mandalas são símbolos ancestrais que nos auxiliam a compreender a nossa verdadeira natureza, nossos padrões e estados de espírito. Evidenciam também as nossas necessidades mais profundas, a forma como nos expressamos e interagimos com os outros.
As mandalas também podem ser utilizadas com fundamento terapêutico pois a sua execução melhora a concentração, a criatividade, promove a redução do stress e auxilia na reconciliação de conflitos interiores. Podem ser utilizadas como instrumento de meditação e de expansão de consciência. Desenhar ou pintar uma mandala é uma forma criativa de ultrapassar as inconsistencias, dilemas, conflitos e de nos lembrarmos que a impermanencia é a substancia que sustenta a realidade.Tem um efeito verdadeiramente libertador!

A experiencia mais bonita que ja tive com estes simbolos foi quando desafiei as minhas alunas a seleccionarem e pintarem uma mandala cuja estrutura estava associada aos quatro elementos. Sairam verdadeiras obras de arte, e se já as admirava pela sua forma tão linda de ser, ainda fiquei mais encantada com toda a luz que guardam na sua alma...

As mandalas, neste momento, são para mim um efeito colateral do Reiki :D...Sinto a minha vibração a mudar e uma necessidade aguda de me expressar criativamente...
Grazie sis...O programa das mandalas tem sido muito util!

Beijinhos concentricos



Nenhum comentário:

Greatness Within

  “Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças.”  Khalil Gibran