segunda-feira, 8 de abril de 2013

Guess it's alright



A minha curiosidade pelo budismo começou por causa do Reiki. Sendo que Usui , o mestre que canalizou e codificou o sistema, era budista, senti a necessidade de pesquisar um pouco sobre as suas raizes filosoficas. E curiosamente encontrei no dharma.org, os zencasts, que são conferencias audio com os ensinamentos budistas (da linha theravada), e que de forma bem atual, permeados de historias pessoais, parábolas e alguma sistematização, desmistificam o que há primeira vista , pelo menos para mim, era um mundo de aborrecimento e regras infinitas :D

E no budismo, por diversas razões, trabalhar com a mente é importante, compreender como funciona, que impulsores segue, que motivações...Mas igualmente importante é trabalhar o abrir o coração à nossa sabedoria infinita, desenvolver a compaixão, o amor...
Na minha vida tenho me cruzado com várias pessoas que normalmente funcionam maioritariamente "no andar de cima". São os racionais, os analiticos, aqueles que seguem as regras pela sua inerente vontade de fazer aquilo que é mais correcto. São também os que mais desconectados estão com as suas emoções, os seus sentimentos, as suas necessidades emocionais... E com um potencial afectivo incrivel!

E lembrei-me duma conferencia que ouvi de um dos mestres sobre isso mesmo, sobre o "sentir". Ele contava que depois de viver vários anos num mosteiro, voltou à vida "real" , começou um relacionamento, retomou o seu trabalho. E quando a companheira lhe pedia para fazer uma escolha (sobre o jantar , sobre onde ir de ferias, coisas simples) ele respondia:" tanto faz, tudo é uma experiencia sagrada".  Ao fim de algum tempo de tanto ouvir " tudo é sagrado, o desapego é a base da felicidade" a companheira ofereceu-lhe um pequeno diario para ele se sentar consigo proprio , religar-lhe às suas emoções e descobrir afinal do que gostava. :D E ele compreendeu que todo aquele "desapego emocional" que  praticava era só uma forma muito subtil de evitar se conectar profundamente, genuinamente com outro ser humano.

Fugir das emoções raramente corre bem...Melhor encara-las de frente, com reverencia, com algum optimismo (também ajuda), com alguma paciencia , e sem tentar muda-las...Mudam sozinhas com tanta frequência que não precisam da nossa ajuda para isso. São como as crianças...às vezes só precisam dum pouco de exclusiva atenção para elas, de mente e coração presente, para se elevarem.


E as emoções que são perenes em nós...as mais genuínas, que fazem parte das paredes dos nossos corações, essas são realmente o maior tesouro que temos na Vida!


Boas e intensas emoções para todos!
Om Shanti




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Greatness Within

  “Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças.”  Khalil Gibran