sexta-feira, 12 de abril de 2013

Anger Management



O meu professor de meditação virtual aconselha a seguir o seguinte acrónimo: MADLESS :D

M= Motivation : perceber quais as condicionantes internas/externas que estão a despoletar a emoção
A=Attention: ter a noção do efeito que a raiva produz no nosso corpo, na nossa mente
D= Defuse: arranjar estratégias para desligar/transformar essa emoção: andar a pé, respirar, meditar, etc
L= Learn: tentar aprender com a situação que despoletou a raiva, reflectir sobre os nossos impulsos
E= Empathy: compreender que todos estão a travar as suas duras batalhas
S= Substitute: substituir a historia, não partir do principio que as nossas presunções estão correctas e sair dos filmes mentais
S=Speaking: esclarecer verbalmente a situação, abrir o coração



"Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima."



Promisses


3 times= 3 kisses... ;)

Take care of your ladies, my friends, if you want to keep them...Keep in mind that we bright your day in everyway, and just want to be loved and cherished.

Compasso de espera...



A vida é feita de desafios... e no nosso caminho encontramos pessoas de todos os tipos, com diferentes niveis de consciencia, diferentes formas de estar na vida...

Ando há 14 anos a conviver com uma pessoa que, de todas as pessoas que conheço, é de longe a criatura mais mal formada, vingativa e má com quem tenho o desprazer de partilhar o meu caminho. Mas tem sido um grande mestre...Ensinou-me a me defender, ensinou-me que por piores sentimentos e emoçoes que desperte em mim eu não consigo po-los em pratica. Ensinou-me que por piores as circunstancias eu não abro mão dos meus valores...Por outro lado tambem demonstrou-se que sou capaz de sentir emoções muito negativas, que sou orgulhosa e que no fundo considero-me melhor/superior a ele, o que não é propriamente sensato nem muito espiritual.

Reflectindo bem, e muitas vezes, porque os episodios de picardias tem sido uma constante ao longo destes anos, acredito que é apenas uma pessoa infeliz, mal amada, e que algures no meio de tanta estupidez , tem a capacidade de ser melhor...

E segunda-feira, vamos a um novo "round" ...Prevejo que seja o ultimo , porque nesta nova fase da minha vida começo a fazer alergia a gente estúpida...E estou disposta a tudo, mesmo a mudar radicalmente a minha vida.

Que os Nyorais da Sabedoria me acompanhem, porque vou precisar :D


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Viver o presente


...you might not get tomorrow...

E pronto, acabou-se as danças e os martelinhos...Toca a ir buscar os kidz :D

Grenade




Bem, duas vezes a fazer o mesmo percurso de carro e a ouvir esta mesma música...Deu que pensar...

Da primeira vez a conjecturar mentalmente sobre homens e mulheres de antigamente, entrega emocional, histórias de amor,designos e minutos de silencio...E achei a musica bem apropriada ao meu estilo um tanto ou quanto exagerado de sentir e viver o amor :D

Desta vez , estava a pensar em assuntos práticos e projectos de futuro, e...meus amigos, se se cruzarem com uma maluca de carro a cantar a plenos pulmões e dançar ao volante, sou eu, por isso , fujam! :D
Foi o meu rmomento "laidies night", cortesia da RFM. Já não fazia isto à tanto tempo e foi optimo, pelo menos para mim ( os vidros do carro estavam fechados, logo, não contribuí para a poluição sonora).

Dançar e cantar, a melhor medicina para a alma e o corpo, dizem as tradições shamanicas... Devo dizer que funciona, fiquei ainda mais bem disposta do que já estava!


By the way...portas atravessadas hoje=0! Gsus, nunca pensei que isto fosse tão dificil! :D


Baci mille

Post 200!




Que coisinha mais ternurenta...Pezinhos de bébé... Fico encantada com os pezinhos do segundogénito cada vez que lhe coloco meias...São beijinhos e mais beijinhos nestas coisas fofas! Hoje de manhã só me apeteceu espremer os meus piratinhas com tantos carinhos e mimos...Depois de tantos dias a partilhar grande parte do dia juntos, ve-los seguir para o Funchal encheu a minha alma de saudade.
E a vida continua...


Dia feliz para todos
Om Shanti

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Guess it's alright



A minha curiosidade pelo budismo começou por causa do Reiki. Sendo que Usui , o mestre que canalizou e codificou o sistema, era budista, senti a necessidade de pesquisar um pouco sobre as suas raizes filosoficas. E curiosamente encontrei no dharma.org, os zencasts, que são conferencias audio com os ensinamentos budistas (da linha theravada), e que de forma bem atual, permeados de historias pessoais, parábolas e alguma sistematização, desmistificam o que há primeira vista , pelo menos para mim, era um mundo de aborrecimento e regras infinitas :D

E no budismo, por diversas razões, trabalhar com a mente é importante, compreender como funciona, que impulsores segue, que motivações...Mas igualmente importante é trabalhar o abrir o coração à nossa sabedoria infinita, desenvolver a compaixão, o amor...
Na minha vida tenho me cruzado com várias pessoas que normalmente funcionam maioritariamente "no andar de cima". São os racionais, os analiticos, aqueles que seguem as regras pela sua inerente vontade de fazer aquilo que é mais correcto. São também os que mais desconectados estão com as suas emoções, os seus sentimentos, as suas necessidades emocionais... E com um potencial afectivo incrivel!

E lembrei-me duma conferencia que ouvi de um dos mestres sobre isso mesmo, sobre o "sentir". Ele contava que depois de viver vários anos num mosteiro, voltou à vida "real" , começou um relacionamento, retomou o seu trabalho. E quando a companheira lhe pedia para fazer uma escolha (sobre o jantar , sobre onde ir de ferias, coisas simples) ele respondia:" tanto faz, tudo é uma experiencia sagrada".  Ao fim de algum tempo de tanto ouvir " tudo é sagrado, o desapego é a base da felicidade" a companheira ofereceu-lhe um pequeno diario para ele se sentar consigo proprio , religar-lhe às suas emoções e descobrir afinal do que gostava. :D E ele compreendeu que todo aquele "desapego emocional" que  praticava era só uma forma muito subtil de evitar se conectar profundamente, genuinamente com outro ser humano.

Fugir das emoções raramente corre bem...Melhor encara-las de frente, com reverencia, com algum optimismo (também ajuda), com alguma paciencia , e sem tentar muda-las...Mudam sozinhas com tanta frequência que não precisam da nossa ajuda para isso. São como as crianças...às vezes só precisam dum pouco de exclusiva atenção para elas, de mente e coração presente, para se elevarem.


E as emoções que são perenes em nós...as mais genuínas, que fazem parte das paredes dos nossos corações, essas são realmente o maior tesouro que temos na Vida!


Boas e intensas emoções para todos!
Om Shanti




Atenção plena



Uma das práticas de atenção plena e de manter a consciência no presente e nas intenções que impulsionam as nossas acções é escolher uma atividade rotineira durante o dia e tomar consciência que estamos a concretiza-la. Podem ser atividades simples como acender/apagar as luzes, sentar-se, enviar email, etc. Escolhi como atividade para a minha atenção plena , atravessar portas...

Confesso que em 2 dias atravessei apenas 5 portas...o resto, não sei bem como lá cheguei :D
Vou melhorar :D

domingo, 7 de abril de 2013

A Casa da Avó




No budismo, pela consciência da impermanência e da luta constante que é ser humano existem os 3 Refugios (os budistas adoram sistematizar tudo em listas): a natureza de Buda, o Dharma e o Sangha.

 A natureza de buda, de forma muito simples, é manter presente que, para alem de todas as mudanças da vida , de nada se manter constante, existe uma natureza divina em cada um de nós, uma luz por vezes adormecida que nos acompanha em todos os momentos. Nos recolhermos ao nosso potencial interior, em cada desafio, e em cada momento de alegria é termos a noção que temos uma natureza sagrada que nos permite ser um milagre nesta vida. É sabermos que somos únicos e sagrados.

O dharma, inclui todas as praticas espirituais, as atividades que nos elevam o espírito e a consciência É  a meditação, o yoga, a oração,a leitura, a dança, e todas as nossas atividade diárias, que quando feitas com amor e entrega são uma forma de reverencia e de gratidão por estarmos aqui, neste mundo. Não é necessário ir para o meio das montanhas , nem para o sitio mais remoto da terra para seguir o dharma...O nosso Templo de praticas pode ser onde estamos neste momento, em perfeita sincronia com todo o Universo. Ao nos refugiarmos e nos concentrarmos em acções que nos aproximam da nossa verdadeira natureza divina ( e existem tantas quantas as religioes e filosofias do mundo), deixamos para trás os medos , as inseguranças, e experienciamos os desafios com mais entrega e com uma visão mais ampla das suas lições.

O sangha é a reunião com pessoas que trilham o mesmo caminho espiritual do que nós. São aqueles com quem partilhamos as nossas duvidas, inspirações, desafios e conquistas, porque nos compreendem, porque passam pelo mesmo, porque sentem uma empatia que advém duma base comum, que todos somos humanos, e todos travamos duras batalhas.

E hoje acordei a pensar na casa da minha avó. Era uma casa modesta, duma familia simples e numerosa que entretanto foi seguindo o seu destino, geraçao após geração. Era a casa onde passava dias com os meus avós, que continha um silencio tranquilo e protector que era apenas cortado pelo tic tac do pendulo do relogio da sala de jantar e pelo som dos sininhos que estavam pendurados atrás da porta da sala de estar. E apercebi-me que essa modesta casa continha os 3 Refugios.

Na casa da avó tudo dava tempo e havia atenções e mimos especiais para os netos. Havia gelatina e fiambre especial para o lanche (que também havia em casa mas o sabor não era o mesmo) e era onde podia tomar café preto como os adultos (era cevada, mal sabia eu)...Jogava às cartas com o avô e quando passei a jogar com o meu primo percebi que o meu avô , disfarçadamente deixava-me ganhar pois os jogos que eram tão faceis com ele deixaram de o ser ao jogar com o meu primo.
Deixava as minhas bonecas à minha avó a cuidar, com todas as recomendações da medicação a fazer e pequenas particularidades que elas precisavam, enquanto ia trabalhar atarefadamente .Depois de dar a volta à casa ia confirmar se a minha avó estava a cuidar delas convenientemente, e lá estava ela a fazer tudo o que tinha pedido. Ia à casa da vizinha deliciar-me com os barretes que ela costurava um atras do outro e apetecia-me tanto aprender como se faziam aquelas pequenas maravilhas e ajudar a cortar as linhas que os uniam provisoriamente.
Esta era a minha natureza de buda...Ser tratada como um ser unico e especial...

Na casa da avó aprendi a bordar...Entre os seus afazeres estampou comigo os seus tecidos antigos, ofereceu-me uma grande caixa de linhas multicolores que para mim eram um pequeno tesouro, e ensinou-me  alguns pontos. Este era o meu dharma...Ficava tempos infinitos concentrada nos meus trabalhos e a aspirar um dia bordar de forma tão perfeita como a minha avó e a minha tia.

E na casa da avó , havia paz, havia ternura, podia conversar com o meu avô sobre os dilemas da minha pequena existencia e ouvir as histórias do antigamente. O meu avô contava-me como tinha sido a sua vida, dificil, com muitas dificuldades financeiras e de saúde  Mas a historia que eu gostava mais era a de como tinha conhecido a minha avó, dos dramas amorosos que tinham passado até ficarem juntos, do amor que tinham pelos filhos, pelos netos.Mesmo não tendo muito, estavam sempre prontos a ajudar os que ainda tinham menos do que eles... Este foi o meu sangha...

A casa da avó entretanto de tão velha teve de ser remodelada e hoje está linda mas muito diferente do que foi antigamente... E sempre foi a casa da avó (não dos avós) , como sempre é hoje a casa da mãe ( e não a casa dos pais), valorizando as matriarcas que tanto se dedicaram à familia...
Sinto muitas saudades desses tempos, especialmente quando a vida tanto se complica que preciso mesmo desses refugios espirituais... Nesses tempos não havia passado a pesar , não havia preocupações com o futuro, só o desejo de chegar às ferias grandes e ao Natal, e de fazer 10 anos para ir morar sozinha para o meu proprio apartamento :D...

Às vezes fecho os olhos, viajo no tempo e é como se ainda estivesse na soleira da porta (que parecia tão alta) sentada a bordar e a sentir a brisa fresca de verão a embalar as folhas dos impotentes algodoeiros que estavam espalhados em frente à casa, a ouvir as recomendações da minha avó e a sentir o afeto do meu avô...

A Casa da Avó foi o primeiro Templo Sagrado onde começou a minha odisseia espiritual...uma casa modesta, com pessoas simples, mas tão genuinas e afetuosas que contribuiram para a pessoa que sou hoje...

Que todos tenham um Casa da Avó nas vossas vidas, é o que vos desejo...
Beijinhos e bom domingo




sexta-feira, 5 de abril de 2013

A Catedral



" Um mestre passou por uma construção e perguntou:
- Qual é o seu trabalho?
O primeiro respondeu: - Corto pedra em quadrados.
O segundo respondeu: - Faço blocos para poder cuidar e alimentar a minha familia
O terceiro respondeu- Estou a construir uma Catedral"

Sendo que todos estavam a fazer a mesma função, o que define essa mesma função é a atitude com que a faziam...

 Todos temos o nosso papel neste mundo, e contribuímos de forma sagrada para o colectivo... Só temos de ter presente que a vida é preenchida de milagres diários que chegam até nós se tivermos o nosso coração e a nossa mente aberta à magia da existência.

37 anos a construir uma Catedral...Às vezes parece que não saio das fundações, e alguns pilares mais incertos desmoronam na minha cabeça :D... Outras vezes olho bem para o alto e tenho a certeza que o Universo é o tecto da minha Catedral...Mas a verdade é que não se constroi nada sozinho...E com a dádiva da familia, dos amigos, dos conhecidos e dos desconhecidos que indirectamente influenciam a minha vida, vou colocando pedra sobre pedra , com optimismo e esperança na Humanidade.

Grazie mille por fazerem parte da minha vida.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Zaoshang hao, wo de pengyou!



Bom dia meus amigos (em mandarim no titulo  :D)

Por estes lados chove deliciosamente...O cheiro doce e arenoso do solo mistura-se com o sal do mar na brisa da manhã!
E os piratinhas estão a adorar a mudança de ares, mesmo que seja ficar por casa a brincar e a ver o panda.

Zai jian ! (até breve)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Parabéns amorzinho!



Hoje o segundogénito faz dois aninhos!

Por esta hora já estava no hospital a discutir com a médica por causa do cartão do grupo sanguineo :D...
Apesar da gravidez ter sido conturbada pois comecei com contracçoes desde os 6 meses e fiquei assustada a pensar que ele iria nascer com pouco peso e ia parar aos cuidados intensivos como o primogenito, o parto foi relativamente rápido, especialmente após a epidural. :)

E às 22:26 , com 3,320 kg, nasceu o meu kinininho. Enquanto era vestido pela enfermeira Teresa,com o primeiro fatinho escolhido pelo pai (vermelho e branco, à benfiquista) começou a choramingar. Falei com ele e automaticamente acalmou-se, numa empatia de nove meses juntos na expectativa de nos conhecermos.

Quando olhei pela primeira vez para aqueles olhinhos azuis escuros, que pareciam duas safiras, o meu coração iluminou-se de tal maneira que ainda conversei com a medica ( a mesma com quem andei a discutir) sobre os sonhos e a maternidade, com as enfermeiras e auxiliares, cheia de carinho e de extanse.

O segundogenito , é a minha prenda dos céus...Ensinou-me a viver a maternidade com mais calma, mais maturidade, mais segurança, aproveitando os pequenos grandes momentos com ele. E o meu arianinho tem um feitio poderoso mas também é muito doce. Pedir-lhe beijinhos não vale a pena pois não dá. Os que dá são espontaneos, intensos e verdadeiramente sinceros, como um verdadeiro filho de Marte.

Hoje o bolo é do "Pooh" , e a festa é na Ilha dourada... Considerem-se todos convidados, senão puder ser em presença, que seja em pensamento.
E resta-me acrescentar : " Já te disse hoje que te amo?" ;)

Beijinhos festivos

Greatness Within

  “Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças.”  Khalil Gibran