sábado, 13 de janeiro de 2007

Há dias assim






Há dias assim...


...Em que a madrugada acorda de orvalho reluzente
Em que a terra emana um som áspero e quente
Que aconchega e envolve o tumulto do ser


... Em que o monte se espalha de verde vibrante
Embalando a vida num delírio sonante
Que acolhe a alma e em nós abriga


...Em que o sol difuso de laranja e azul
Esboça nuvens de murmúrio e de tule
Lavando a calma de branca pureza


...Em que a vida pulsa vestida de côr
O labirinto desfaz-se pelo sopro do amor
E a eternidade reencontra o infinito



E só sei que existo...
Porque há dias assim
(Imagem de autor desconhecido)

3 comentários:

Sunshine disse...

Está lindo este post!!! :) Adorei principalmente o fim... porque só quem pára para sentir um dia assim é que o conhece e reconhece.
Um abraço enorme para completar o carinho de um dia destes.

Liilavati disse...

Obrigada querida...Um abraço imenso e quentinho para ti..

Anônimo disse...

E tão bom que é saber (sentirmos?) que existimos.
E que existam muitos, muitos dias assim, em que se sente, em que se observa.

Greatness Within

  “Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças.”  Khalil Gibran