quinta-feira, 7 de abril de 2016

"Mãe, o que fazemos no Céu?"




- Mãe, o que fazemos no Céu?
- No Céu, revemos as pessoas que gostamos muito e que já foram para o Céu.
- Sim, e que mais?
- Bem, podemos abraçar e matar as saudades daqueles que amamos e já estão no Céu.
- E mais? ( já com um ar um pouco decepcionado)
- Ninguém sabe muito bem como é o Céu, mas há quem acredite que voltamos a nascer.
- SIMMM??!!!! (com os olhos a faiscar de espanto)
- Sim, querido, a nossa Alma volta a entrar na barriguinha duma mamã e voltamos a nascer.
- A serio??? E tu vais ser a minha mamã outra vez?
- Nós escolhemos a nossa nova mamã...
- Então eu quero que tu sejas outra vez a minha mamã!
- Combinado! Choca aqui! (como diz a priminha Lara)

( E um abraço terno e forte fechou a conversa)

E fiquei a pensar que a maior parte das pessoas nem sabe o que anda aqui a fazer, quanto mais como funciona o outro lado...

Depois duma muito precoce incursão pelo mundo da espiritualidade, compreendi que também é importante manter os pés assentes no chão.
Vejo muita gente, e eu também já fiz isso, a usar a espiritualidade, não como uma ferramenta de autoconhecimento, mas como um escapismo dos seus sentimentos/turbulências internas. Vejo tanta gente com os seus "amigos imaginarios" : guias, mestres, anjos, etc...Independentemente do nome. Mas que tem um desconhecimento quase total de si proprios e do que pretendem desta vida.

Se existe algo mais, acredito que sim, chamo-lhe Energia/ Vida. :)

E claro, no outro extremo,os ambiciosos, os materialistas extremos, os consumistas. Os "overachievers", numa busca e acumulação incessante de coisas/pessoas.


Esta manha,por sincronia, o tema no café foi a Espiritualidade vs Mundo Terreno (normalmente tomo café sozinha com os meus pensamentos).
E entre debate e argumentação a conclusão foi que o essencial é manter o equilíbrio entre estes dois aspectos, nem tanto ao Céu nem tanto à Terra, mas experienciando ambos com parte integrante do nosso Ser...

E para aqueles que amo ( e mesmo para os que me irritam), I am only a call away... Porque , se pelo mundo invisivel ou pelo mundo visivel, somos tão pouco uns sem os outros...


Um comentário:

Anônimo disse...

"- Então eu quero que tu sejas outra vez a minha mamã!"
Ohoooooo que lindo!!!
Que belo inicio de nova década!!

Greatness Within

  “Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças.”  Khalil Gibran