quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Lição de Vida com o Segundogénito




- Mãe, preciso de fazer um trabalho para a escola sobre os sentimentos, sobre a felicidade.
- Okay, e o que é que te faz feliz?
- Não sei bem...
- Bem, tu gostas de ir de férias ao Porto Santo.
- Sim, mas a minha colega já falou na praia e não é para repetir. Não tem muita piada.
- Okay. E ir ao cinema?
- Sim, isso eu gosto!
- E ir de fim de semana para um hotel com piscina?
- Também, também gosto!
- Festas com a família toda junta?
- Sim, essa é a melhor de todas. Pode ser uma imagem da família toda junta.

E hoje , logo pela manhã:

- Mãe, o trabalho é para entregar amanha, não te esqueças de imprimir a imagem com o sentimento.
Já escolhi o que quero na imagem. O que me faz feliz é brincar com o meu irmão. Põe uma foto minha com o Santi a brincar.

Priceless...

Chuva de Arco-Iris



"Seja o Arco-Íris na nuvem de alguém"

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Yamala - Inner Divine Couple

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 "Let´s balance our inner Night and Day.
Let's us use our darkness to become the most magical Light."

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Equanimidade

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"Falemos do sétimo fator da iluminação, equanimidade, que em páli se diz upekkha. É fundamental entender que não se trata de indiferença ou um distanciamento das pessoas, da vida ou de si mesmo. Equanimidade sugere não ampliar problemas nem prazeres, de modo que se torne possível passar pelas situações da vida sem que as mesmas produzam na mente algo mais além da própria experiência, como por exemplo angústias de ordem psicológica.(...)


Portanto, podemos concluir que a equanimidade nos protege de todas as oscilações da vida, sejam elas boas, sejam ruins. A pessoa equânime desfruta o bem de modo desapegado e passa pela experiência negativa também de modo desapegado. Um exemplo que me ajuda a entender este último ponto é pensar nas reações diante de uma injeção: algumas pessoas parecem sentir uma dor muito maior do que a da agulha, outras não reagem de modo tão intenso ou dramático. Apenas sentem a agulha. Quando aprendemos a apenas sentir a agulha, estamos alimentando o fator da iluminação da equanimidade."

https://sobrebudismo.com.br/equanimidade-upekkha/



Assistir a um acidente de estrada dum carro que segue ao nosso lado é um momento aterrorizante. É a sensação de estar a assistir a um filme de terror em tempo real. São uns segundos para processar o que está a acontecer, parar o carro , pegar no telemóvel e ligar para o 112. É perder um pouco a noção de onde se está e dar algumas referencias, conforme a voz do outro lado vai pedindo mais detalhes.

Os outros condutores foram parando atrás do meu carro e foram saindo das viaturas. Eu também sai para ver se podia ajudar alguém, pois ouvia gritos de desespero, do casal cujo carro provocou o acidente e disparou o airbag.

Um cenário mórbido...Pessoas estiradas no chão esmagadas pelo carro que foi projetado com o embate, aflitas, a gemer de dor. Partes de seres humanos visiveis por entre as chapas retorcidas do carro. Dei a volta ao carro, e estava um senhor inconsciente, lavado no seu próprio sangue, inconsciente.
Coloquei a mão sobre as costas da senhora,num gesto apaziguador, pois era a única parte do corpo que não estava emaranhada no carro e disse-lhe que tivesse calma , que já tinha pedido ajuda e a ambulância vinha a caminho. 
A outra senhora estava entre os raids da estrada , agitada a retorcer-se de dor. Pedi que segurasse a minha mão e disse-lhe que a ajuda já vinha a caminho. Aflita perguntou-me pelo marido..." Tenha calma, não se mexa pois pode ter alguma coisa partida", foi a minha resposta. Mas a senhora continuava a agitar-se no cimento e alcatrão, e um senhor veio apoia-la e segura-la pois já estava do outro lado do raid. E o senhor la ficou a segurar a senhora acidentada, a protege-la de cair e dos carros que poderiam surgir na outra via...

Entretanto chegou a ajuda e iniciaram o desencarceramento e os primeiros socorros às vitimas. Um jovem que era visivelmente socorrista juntou-se à equipa dos bombeiros para ajudar...
Tentaram salvar, ainda ali na estrada, a vida da senhora que ficou completamente esmagada, debaixo do carro, sem sucesso...

Nunca mais esquecerei a expressão desfalecida do senhor que abalroou o carro e assistiu a todo aquele desesperante movimento.

O aparato de ambulâncias, policia, bombeiros, todos a dar o seu melhor, com tanto profissionalismo e humanidade... Pessoas de bom coração a tentar ajudar, pessoas indecentemente a tirar fotografias, pessoas cuja sua preocupação era que iriam perder o seu voo...

E o que fazer mais? Orar...Orar com todo o coração no meio daquela azafama

As ambulâncias seguiram, a via litoral limpou a estrada e rebocou os carros acidentados...
E segui para casa...

Equanimidade...Não, ainda não... E sinto-me muito longe disso...






Greatness Within

  “Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças.”  Khalil Gibran